terça-feira, 1 de julho de 2014

Quando tudo começou...

'Deus meu refúgio minha fortaleza bem presente na hora da angústia,eu não temerei o furor do vendaval. Deus esta no barco e afasta o mal.'
Passei meses com sintomas estranhos que pouco indicavam algo tão serio, começou com enjoos sem causa, enfado, dor nas costas e aos poucos já não tinha mais disposição para nada. Quando num belo dia, em uma viagem, senti uma dormência e um formigamento tão grande nas pernas que precisei de ajuda para do sair do carro. Não levei a sério, afinal, uma viagem de quase duas horas poderia causar isso. Fomos ao cinema assisti o Capitão Planeta e mais uma vez, não consegui levantar da cadeira. Sem forças e com uma dormência ainda mais forte. Bem, seguimos viagem, e ao acordar no dia seguinte parecia que o meu corpo estava dentro de um formigueiro e já não sentia mais nada, mal pude me levantar. Daí começou a minha angústia. Procurei atendimento médico, infelizmente, sem qualquer cuidado, me mandou ir embora pois era coisa da minha cabeça e não tinha remédio para essa dormência, sequer ele teve a preocupação de indicar um médico.Perdi a sensibilidade do corpo, não tinha força, andava com dificuldades, perdi parcialmente a visão do olho direito e parecia até que estava usando uma cinta super apertada. Além de uma falta de ar estranha, já que não estava gripada e jamais tive asma e de uma incontinência urinária absurda . Só conseguia dormir de lado, senão morria sem ar. Percorri médicos e médicos e sempre falaram, isso é psicológico, você não tem causa... realmente isso vira loucura, porque um profissional de saúde que não se importa de investigar uma coisa dessa nos deixa apavorados. Graças a Deus, um médico ortopedista me disse que deveria procurar com urgência um neurologista, foi onde pude ver o inicio da minha luta, pois já tinha feito endoscopia, exames de sangue, ultrassonografia... grande foi a angústia, já não dormia mais e passei a achar até normal, afinal o que poderia fazer?
Uma ressonância foi o exame que identificou a doença desmielinizante e uma corrida para tratar as inflamações que já eram tão intensas. Foi durante a pulsoterapia que o médico do hospital, conhecedor da causa, afirmou, você tem Esclerose Múltipla, mas tem tratamento. Que bom (pensei), estou feliz (graças a Deus), enfim, alguém me disse o que tenho. Para uns poderia ser desesperador, pra mim, foi alívio.




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